Proteger a carteira dos cidadãos e
proteger os serviços públicos
Fico observando que em nossa cidade,
Cristalina, se diz que nunca tem dinheiro para investimento em coisas
necessárias para o bem estar da população.
Margaret Thatcher, que foi
provavelmente a maior estadista que os britânicos tiveram, há décadas atrás fez
um discurso que simplifica bem como deve ser tratado, pelo gestor público, o
dinheiro dos contribuintes. Leiam que discurso mais atual:
"...Um dos grande debates do nosso tempo é sobre
quanto do seu dinheiro deve ser gasto pelo Estado e com quanto você deve ficar
para gastar com a sua família.
Não nos esqueçamos nunca desta verdade fundamental: o
Estado não tem outra fonte de recursos além do dinheiro que as pessoas ganham
por si próprias.
Se o Estado deseja gastar mais, ele só pode fazê-lo
tomando emprestado sua poupança ou te cobrando mais tributos. E é melhor não
pensar que outra pessoa vai pagar. Essa outra pessoa é você.
Não existe esta coisa de dinheiro público, existe apenas
o dinheiro dos pagadores de impostos.
A prosperidade não virá por inventarmos mais e mais
programas generosos de gastos públicos. Você não enriquece por pedir outro
talão de cheques ao banco. E nenhuma nação jamais se tornou próspera por tributar
seus cidadãos além de sua capacidade de pagar. Nós temos o dever de garantir que cada centavo que arrecadamos com a
tributação seja gasto bem e sabiamente.
Proteger a carteira dos cidadãos, proteger os serviços
públicos. Essas são nossas duas maiores tarefas e ambas devem ser conciliadas.
Como seria prazeroso, como seria popular dizer: ‘gaste
mais nisso, gaste mais naquilo’. É claro que todos nós temos causas favoritas. Eu,
pelo menos, tenho. Mas alguém tem que fazer as contas. Toda empresa tem de fazê-lo,
toda dona de casa tem de fazê-lo, todo governo deve fazê-lo e este irá
fazê-lo..."
Surpreendente como as palavras são
atuais e se aplicam facilmente à realidade dos nossos dias.
O nosso problema atual está na mais
absoluta falta de transparência dos gastos do dinheiro dos contribuintes e
quando há informação, o acesso é de difícil compreensão. Devemos avançar mais.
Toda essa questão é parte de outra, bem
mais ampla: a ausência de informações sobre a eficácia da aplicação e do uso do dinheiro do contribuinte cristalinense
no pagamento por produtos e serviços à prefeitura municipal. É preciso
instituir um sistema de avaliação do resultado dos gastos públicos.
Se liguem nisso; ano que vem tem
eleições!