sábado, 26 de setembro de 2015

Proteger a carteira dos cidadãos e proteger os serviços públicos



Proteger a carteira dos cidadãos e proteger os serviços públicos
Guilherme Castelo Branco é advogado, presidente do Partido Verde em Cristalina/GO (PV43), Suplente de Vereador diplomado nas eleições de 2012, Cidadão Honorífico Cristalinense e ex Procurador Geral do Município de Cristalina

         Fico observando que em nossa cidade, Cristalina, se diz que nunca tem dinheiro para investimento em coisas necessárias para o bem estar da população.

         Margaret Thatcher, que foi provavelmente a maior estadista que os britânicos tiveram, há décadas atrás fez um discurso que simplifica bem como deve ser tratado, pelo gestor público, o dinheiro dos contribuintes. Leiam que discurso mais atual:

"...Um dos grande debates do nosso tempo é sobre quanto do seu dinheiro deve ser gasto pelo Estado e com quanto você deve ficar para gastar com a sua família.

Não nos esqueçamos nunca desta verdade fundamental: o Estado não tem outra fonte de recursos além do dinheiro que as pessoas ganham por si próprias.

Se o Estado deseja gastar mais, ele só pode fazê-lo tomando emprestado sua poupança ou te cobrando mais tributos. E é melhor não pensar que outra pessoa vai pagar. Essa outra pessoa é você.
Não existe esta coisa de dinheiro público, existe apenas o dinheiro dos pagadores de impostos.

A prosperidade não virá por inventarmos mais e mais programas generosos de gastos públicos. Você não enriquece por pedir outro talão de cheques ao banco. E nenhuma nação jamais se tornou próspera por tributar seus cidadãos além de sua capacidade de pagar. Nós temos o dever de garantir que cada centavo que arrecadamos com a tributação seja gasto bem e sabiamente.

Proteger a carteira dos cidadãos, proteger os serviços públicos. Essas são nossas duas maiores tarefas e ambas devem ser conciliadas.

Como seria prazeroso, como seria popular dizer: ‘gaste mais nisso, gaste mais naquilo’. É claro que todos nós temos causas favoritas. Eu, pelo menos, tenho. Mas alguém tem que fazer as contas. Toda empresa tem de fazê-lo, toda dona de casa tem de fazê-lo, todo governo deve fazê-lo e este irá fazê-lo..."

         Surpreendente como as palavras são atuais e se aplicam facilmente à realidade dos nossos dias.

         O nosso problema atual está na mais absoluta falta de transparência dos gastos do dinheiro dos contribuintes e quando há informação, o acesso é de difícil compreensão. Devemos avançar mais.

         Toda essa questão é parte de outra, bem mais ampla: a ausência de informações sobre a eficácia da aplicação e do uso do dinheiro do contribuinte cristalinense no pagamento por produtos e serviços à prefeitura municipal. É preciso instituir um sistema de avaliação do resultado dos gastos públicos.

         Se liguem nisso; ano que vem tem eleições!